Voltar 13 de Março de 2018

SEM PROPOSTA - Governo Confúcio demonstra falta de compromisso com a educação


A administração do governador Confúcio Moura (MDB) demonstrou nesta terça-feira, 13/03, que não possui compromisso com a educação, ao tratar com descaso os representantes da categoria.

A audiência da Diretoria do Sintero com os integrantes da MENP – Mesa de Negociação Permanente passou de expectativa a decepção e indignação em menos de 20 minutos.

Ontem, segunda-feira (12/03) o secretário Chefe da Casa Civil, Emerson Castro, enviou ofício ao Sintero convidando para audiência nesta terça-feira às 11 horas e informando que anunciaria uma proposta para atender às reivindicações dos trabalhadores em educação, em greve desde o dia 21/02.

A falta de respeito começou com o “chá de banco”. Depois de uma hora de espera, Emerson Castro, acompanhado dos secretários George Braga (Sepog), Vagner Garcia de Freitas (Sefin), Florisvaldo Alves da Silva (seduc) e de alguns assessores, apenas reiterou a falta de proposta que já havia demonstrado em todas as reuniões anteriores.

Depois de dizer que os professores têm que “trabalhar por amor à vocação”, ele apenas disse que o governo pretende continuar pagando a licença-prêmio em pecúnia a conta-gotas (obrigação prevista em lei e objeto de reivindicações de anos anteriores), que continuaria pagando as progressões funcionais (direito previsto em lei e objeto de mobilizações de anos anteriores), e que o estado estaria disposto a pagar complemento do piso nacional (em desobediência à Lei federal nº 11.738/2008), ou seja, não teria nada a oferecer aos trabalhadores em educação.

A resposta do governo durou em torno de 20 minutos, o suficiente para causar revolta e indignação à presidente do Sintero, Lionilda Simão, aos demais diretores da Executiva e aos diretores das Regionais que participaram da reunião.

A presidente do Sintero imediatamente respondeu ao secretário Emerson Castro que não considerava aquilo uma proposta, e sim uma afronta, um desrespeito. “Esse governo está zombando da nossa cara. Vou receber esse pedaço de papel apenas para mostrar aos trabalhadores em educação o quanto a administração do governador Confúcio Moura nos trata com descaso. Mas não considero isso uma proposta”, disse em tom de indignação.

A professora Léo e outros diretores do Sintero destacaram na reunião que desde o início das negociações o sindicato vem apontando alternativas e soluções para a alegada falta de recursos.

“Nós já mostramos que há em torno de mil servidores aguardando a aposentadoria e implorando por atendimento de seus pedidos. Isso daria uma boa folga na folha de pagamento. E no início do mandato o próprio governador Confúcio prometeu que investiria na melhoria salarial da educação os valores economizados com a transposição. Agora estamos vendo que foi mais uma promessa vazia”, disparou a presidente do Sintero.

Sem contar que o governo não tem cumprido a lei federal do piso do magistério desde 2014, e isso já é objeto de ação judicial, visto que os tribunais superiores têm reconhecido a obrigatoriedade do cumprimento da lei.

Ela e os demais diretores do Sintero não aceitaram os argumentos do secretário e o enfrentaram com informações consistentes, demonstrando a falta de vontade política do governo do estado em atender às reivindicações.

Nesta quarta-feira, dia 14/03, haverá uma audiência na Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, evento para o qual os secretários integrantes da MENP foram convocados.

Os diretores do Sintero vão pedir aos deputados estaduais para que apoiem a luta dos trabalhadores em educação cobrando do governador uma solução, já que os secretários da MENP demonstraram não ter interesse na situação.

Já na quinta-feira, dia 15/03, os trabalhadores em educação se reunirão em assembleias, às 9 horas da manhã, simultaneamente em todas as Regionais, para avaliar a postura do governo e deliberar sobre estratégias de luta.

 


6 Comentários

  • Anderson Marques
    16 de Março de 2018

    Continuemos firme na greve em busca de melhores condições de salário...

  • vanderlei marcos pereira
    15 de Março de 2018

    Vai ver que os mesmos nunca estudaram pois para ser políticos não precisa estudar, póde ser totalmente analfabetos que o povo vota para ser o representante dos mesmos.Depois é só chorar e lamentar.

  • José Francisco de Souza
    14 de Março de 2018

    Estes secretário so serve p babar ovo do governo

  • Neusila Segatto
    13 de Março de 2018

    Companheiros grevista e não grevista, precisamos nos unir contra este governo impostor e descompromissado com a educação. Vamos massificar a luta. A direção do SINTERO está de parabéns, pois não tem medido esforços na luta pela valorização dos trabalhadores em educação.

  • Edio
    13 de Março de 2018

    Não entendo porque não já judializou

  • Hilton Virgulino
    13 de Março de 2018

    É simplesmente imoral a forma como esse governo trata os trabalhadores da educação. Bem diferente do tratamento dado a grandes empresários e ruralistas. Querem melhorar a educação sombando da cara dos educadores?

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