Voltar 08 de Março de 2019

Sintero e movimentos sociais participam de vigília em frente à delegacia da mulher


Para marcar o Dia Internacional da Mulher, o Sintero juntamente com movimentos sociais participou nesta sexta-feira (08/03) de uma vigília em frente à delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM/Porto Velho), com intuito de discutir questões como a cultura do estupro, violência doméstica, desigualdade de gênero, falta de políticas públicas para mulheres, machismo, funcionamento 24 horas das delegacias da mulher, entre outros.

A manifestação teve inicio às 5h da manhã e mobilizou mulheres de diversos movimentos sociais de Rondônia. Na ocasião, foram colados cartazes em frente à delegacia, com frases de protesto. Também foram espalhados pelo local velas, calçados vermelhos e cruzes com o nome de mulheres que foram vítimas do feminicídio.

Durante a manifestação, a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT-RO e secretária de Gênero e Etnia do Sintero, Rosenilda Ferreira de Souza, criticou os crescentes índices de violência contra mulher no Estado de Rondônia. “Nosso Estado ocupa as primeiras colocações nos índices de estupro e de violência doméstica, sendo assim, hoje não é um dia de comemoração, mas de reafirmação da nossa luta em favor das mulheres”.

Rosenilda Ferreira também destacou a falta de políticas públicas ofertadas pelo Estado. “A falta de políticas estruturais colocam as mulheres em uma situação preocupante. É importante que a sociedade civil entenda o seu papel, pois sem esses movimentos não conseguiríamos fazer um debate em busca de melhores condições àquelas pessoas que não tem voz”.  

A secretária também criticou a falta de delegacias com atendimento 24 horas. “Rondônia possui uma grande deficiência se tratando de delegacias especializadas ao atendimento a mulher, no total são somente 7 delegacias para atender 52 municípios, todas apresentam uma péssima estrutura e falta efetivos”.

A presidente do Sintero, Lionilda Simão, esteve presente na vigília e parabenizou os organizadores da mobilização. “Gostaria de parabenizar as mulheres responsáveis por esse ato. Precisamos continuar mobilizando a sociedade civil para que as mulheres avancem em relação à igualdade de gênero e em outros direitos que ainda não foram conquistados. Sabemos que a luta é grande, mas continuaremos persistindo até obter êxito”.

Representantes de movimentos sociais fizeram intervenções contra o estupro, machismo, Reforma da Previdência, o direito de ir e vir, luta pela integridade física e psíquica, ideologia de gênero nas escolas, falta de acesso à saúde entre outras coisas.

A mobilização contou com a participação da delegada DEAM/Porto Velho, Adrian Viero, representante do Forúm Popular de Mulheres Benedita Nascimento, promotora de Justiça Tânia Garcia Santiago, da Promotoria de Violência Contra a Mulher, o juiz titular do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a mulher Álvaro Kálix,  presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB/RO Aline Corrêa, diretora do Departamento de Políticas Públicas para Mulheres na Prefeitura Municipal Gina Brito e representantes de vários seguimentos da sociedade civil organizada.


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